quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O Brasil chegar bem a Copa é bom ou ruim?

A semana foi marcada pelas Eliminatórias para Copa e pelos dois amistosos preparatórios da Seleção Brasileira. As vitórias contra Austrália e Portugal recuperam o astral do time depois da estranha para a Suíça logo após a conquista da Copa das Confederações. A julgar pelos resultados, a Seleção vai muito bem, obrigado! O que se discute é se esta boa fase da seleção vai se confirmar no mundial ano que vem. Há quem expresse preocupação com o bom momento, pois em 2006 e 2010 a seleção entrou na competição como favorita absoluta.

O Brasil chegou a Copa 2006 num oba-oba por conta do penta campeonato e com direito a treinos abertos para torcida que eram verdadeiras festas ao ar livre. A falta de foco foi apontada como um dos motivos da eliminação nas quartas de final para a França. Roberto Carlos foi eleito o vilão por não ter marcado o atacante Francês Henry no cruzamento que culminou no gol da vitória dos franceses.

Em 2010, a seleção chega a Africa do Sul embalada pelos títulos da Copa América e da Copa das Confederações com direito a vitória contra a Itália por 3 a 0. Acreditando ter aprendido a lição da Copa anterior, o Brasil teve na linha dura de Dunga o padrão necessário para levar a taça. De nada adiantou, o Brasil caiu nas quartas de final, desta vez para a Holanda. Outros vilões foram eleitos como o volante Felipe Melo, expulso na partida e o goleiro Júlio César, que falhou no primeiro gol dos holandeses na derrota por 2 a 1.

Em 2014 o Brasil chega como favorito à Copa, não só por jogar em casa mas também por ter uma equipe que aos poucos vai se acostumando a jogar junta. O entrosamento apareceu principalmente na vitória sobre Portugal em que saiu atrás do placar e buscou a virada por 3 a 1. Neymar está cada vez mais a vontade com a amarelinha e surgiram outros bons concorrentes a vaga de titular na equipe como o lateral direito Maicon, o meia Bernard e o atacante Jô, que aproveitou mais uma vez a chance dada por Felipão e marcou 3 gols nos dois amistosos.

Dizer que é perigoso a seleção chegar a Copa como favorita pode soar exagerado, mas a história tem mostrado que quanto mais difícil a chegada da seleção na Copa, melhor ela atua. Foi assim em 1994, quando passou sufoco nas eliminatórias e se classificou graças a um certo baixinho de nome Romário com dois gols na última partida contra o Uruguai. Foi assim também em 2002 quando chegou a Copa após viver um inferno com passagem de três técnicos e com direito a derrota histórica para Honduras na Copa América de 2001, na Colômbia.


Em 2014, o Brasil vai ter a chance de se afirmar na história como melhor seleção do planeta ou pode realizar o segundo Maracanazzo. É esperar para ver.  

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