quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Ser prefeito no Rio é um bom negócio.

Olá a todos

2013 chegou e com ele o fim das férias. Claro que a faculdade ainda não voltou, mas o trabalho precisa continuar. Esta semana um assunto polêmico dominou uma parte do noticiário aqui do Rio de Janeiro. O aumento relâmpago no salário de alguns prefeitos de municípios do Rio. O assunto foi capa do Jornal Extra de terça-feira. O de Nova Iguaçu  recém eleito Nélson Bornier aprovou um aumento de 102% em seus vencimentos, de R$ 9,500 para R$ 19,200. O legal disso tudo é que a lei foi votada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito no mesmo dia. Quando questionado o prefeito de Nova Iguaçu disse que esse é um salário digno para quem quer trabalhar. O prefeito de São João de Meriti fez melhor, e aumentou seu salário para R$ 24,000, maior até que o governador Sérgio Cabral, que ganha cerca de R$ 20,000 mensais. 

Na verdade o problema não é o aumento dos salários dos prefeitos e sim como eles dão prioridade ao aumento dos vencimentos e deixam outros assuntos de lado. Se fosse votado o repasse de verba para obras importantes para a cidade ou uma lei importante, certamente demoraria mais. Quando votam em aumento de seus próprios salários, tratam como se fosse prioridade máxima, e isso indigna mais do o aumento em si, que penso ser abusivo. Municípios como do de Duque de Caxias, onde o prefeito Zito não conseguiu a eleição, o retrato era de caos com o serviço de coleta de lixo parado deixando um rastro de abandono em toda a cidade. Foi o que ele deixou de herança para o atual prefeito. Atitudes como esta indigna àquele eleitor que precisa votar e acreditar em alguém em cada pleito. 


Ao aumentar o próprio salário em mais de 100%, o prefeito de Nova Iguaçu mostrou quais eram as suas prioridades. E com certeza essa prioridade não tem nada a ver com o povo que o ajudou a elegê-lo. Não tenho nada contra a aumento de salários. Mas sou contra ao desrespeito com o eleitor. Se ninguém pode ter seu salário aumentado em 100%, o prefeito também não deveria ter esse privilégio. Ele está ali para ajudar a cidade a se reerguer. Mas como sabemos, os interesses pessoais e partidários sempre estarão acima do bem comum, sempre. 

O que vocês acham disso?

grande abraço
Fernando...