sábado, 8 de dezembro de 2012

Os americanos, as armas e nós

Olá a todos

Esta semana vi o documentário Tiros em Columbine, do polêmico cineasta americano Michael Moore. O filme busca entender o fascínio do povo americano por armas de fogo a partir da tragédia ocorrida na escola que dá nome ao documentário em que dois garotos matam 12 alunos e um professor e depois se suicidam. E a resposta pelo que parece é a defesa de um inimigo imaginário. E pelo que vi no documentário, se trata de um povo que vive com medo, do vizinho, da maluquice da vida moderna, do terrorismo internacional, medo de tudo. Tinha gente que falava que se não defendesse a família quem iria fazê-lo. O melhor do filme foi uma animação que contava a história dos Estados Unidos em que a presença das armas e do medo foram determinantes em todas as fases importantes daquele país.
O porte de armas é um direito estabelecido na própria constituição americana e sempre quando uma pessoa era questionada, se referia a cláusula que dava respaldo ao uso da arma de fogo. A munição poderia ser comprada nas principais redes de supermercados e o acesso as armas é tão fácil que tinha até banco dando escopeta de graça caso o cliente abrisse uma conta. Não sei se isso explica a violência que às vezes acontece nas escolas daquele país quando um adolescente cisma de pegar uma arma e levar para escola atirar em todo mundo e depois se matar. Eu fico perguntando se aqui no Brasil fosse assim, o acesso a armas é limitado principalmente depois da campanha nacional de desarmamento em 2011. Ainda assim é farta a quantidade de armas nas mãos de bandidos e criminosos promovendo um rastro de mortes violentas diárias como ocorre em São paulo por exemplo. Ainda assim a entrada de armamento ilegal no país é grande e a campanha de desarmamento não foi suficiente para conscientizar sobre os perigos de seu uso. A pergunta que me faço é faço a todos é a seguinte: Como seria o país se o acesso a armas fosse igual ao Estados Unidos, onde as pessoas podem comprar muita munição no mercado do lado de casa? Será que teríamos mais consciência, ou a matança seria maior. São essas as questões que levantei ao assistir este excelente documentário por sinal. Ele é uma crítica contundente ao hábito no mínimo questionável dos americanos de gostarem e acharem tão necessário ter uma arma dentro de casa.

grande abraço
Fernu...